sábado, novembro 04, 2006

Ferrari Falsa (2) do seriado, Miami Vice da decadade 80!

Encerrando as matérias sobre Ferraris falsas, utilizadas em filmes e seriados de TV, irei falar neste sábado do seriado Miami Vice exibido nos anos 80, que esta em voga devido a onda retrô dos cinemas.
Em 1984, quando o seriado estreou na TV americana, Miami era o retrato do "paraíso perdido" proclamado três anos antes pela revista "Time": um ninho de cocaína, crime e corrupção.
Ironicamente, foi à série sobre policiais combatendo o crime em Miami que fez a cidade reviver, mostrando seu lado obscuro, mas com elegância e glamour. Na TV Sonny Cockett (Don Johnson) e Rico Tubbs (Philip Michael Thomas) desfilavam sua elegância em meio ao submundo e ambientes sórdidos.
Nessa cidade deliciosamente perdida, os "TV Cops" Crockett e Tubbs são intérpretes de uma farsa. Apesar de mal terem dinheiro para uma conta no banco, a fauna local os conhece como Burnett e Cooper, dois “negociantes” de lucros duvidosos, desfrutando de barcos à vela e de corrida, indo a festas em carros Ferrari, em trajes como Versaci, Cerruti, Uomo, Hugo Boss e usando relógios Ebel ou Rolex. Claro, nada verdadeiramente deles. Para reforçar a vida dupla, o escritório Gold Cost Shipping Co. é na verdade a fachada do departamento de polícia em que trabalham, e nem na lista telefônica seus verdadeiros sobrenomes aparecem.
Mas, vamos ao que nos interessa, a Ferrari usada na primeira e segunda temporada, É FALSA, na verdade a Ferrari Daytona 365 GTS/4 spyder negra é uma réplica perfeita construída na plataforma de um Corvette Sting Ray.

A verdadeira Ferrari Daytona 365 GTS/4 spyder é um clássico da fábrica de Maranelo, foram construídas 1.383 unidades do modelo Berlinetta, além dos 16 de competição e dos 125 conversíveis, ou seja, um total de 1.523 unidades.
Não é um dos produtos mais exclusivos que a Ferrari já lançou, mas mesmo assim a procura e seus preços continuam em alta. Um modelo fechado custa no mínimo US$ 100.000 no mercado europeu, os conversíveis são comercializados por mais de US$ 400.000 e um modelo de competição não sai por menos de incríveis US$ 1.000.000 - todos em excelente estado, naturalmente.
A Ferrari Daytona 365 GTS/4 é dotada de um motor longitudinal de 12 cilindros em V com duplo comando em cada cabeçote e 2 válvulas por cilindro. Cilindrada de 4.390 cm3. Seis carburadores de corpo duplo Weber rendem uma potência máxima de 352 cv a 7.500 rpm e torque máximo: 44 m.kgf a 5.500 rpm. Tudo isso se traduz em um bom desempenho para a época, tinha velocidade máxima de 280 km/h, aceleração de 0 a 100 km/h, 5,6 s e aceleração de 0 a 240 km/h, 31,5 s.
Foi a última Berlinetta de motor dianteiro da marca e o último modelo a ser concebido sem participação da Fiat, o 365 GTB/4 "Daytona" é sem dúvida um dos modelos mais lembrados pelos amantes da Ferrari e um dos mais valorizados pelo mercado. Um carro imortal na memória de qualquer apaixonado por automóveis.
Voltando a série, o visual muda consideravelmente na terceira temporada, tornando-se mais original. Nesta há uma espécie de fechamento de círculo com a destruição da falsa Daytona 365 GTS/4 spyder negra, e a chegada da Ferrari Testarossa pérola (veja foto), um modelo autêntico patrocinado pela Ferrari of North America, contornando um certo constrangimento promocional causado pela “falsa” Daytona.

Obs: Nas duas primeiras fotos, notem a semelhança do para brisa do Corvette com a da falsa Ferrari, é um dos pontos mais visíveis da adaptação!

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