sábado, dezembro 29, 2007

Chrysler 300C Touring - Essa perua tem limite!


A família 300C foi um dos primeiros frutos da união da Mercedes-Benz com a Chrysler. Quando a linha apareceu pela primeira vez em público, no Salão de Nova York de 2003, foi um verdadeiro alvoroço. Suas linhas encantaram os visitantes e os dois modelos se tornaram rapidamente sucesso de vendas no mercado norte-americano. Depois do sedã, a montadora resolveu trazer, do Canadá, a perua, denominada Touring, somente para os modelos destinados à exportação.

Design
As linhas são a principal arma da 300C Touring. Seu estilo foi inspirado na série 300 da Chrysler, produzida de 1955 e 1965, mas com claros toques de um hot rod. Na frente, o que mais chama a atenção é a enorme grade dianteira, quadriculada e cromada. Além de completar o charme da frente, os faróis de dupla parábola, com luzes de xenônio e lavadores, são muito eficientes. De perfil, destaques para a linha de cintura alta, que, crescendo da frente para a traseira, quase transforma a perua em cupê, o que reforça sua aparência 'musculosa'; para as enormes rodas de 18 polegadas, com desenho bem esportivo; e para a abundância de cromados (maçanetas, frisos, etc.).

Porta-malas
Na traseira, a principal diferença da 300C Touring é a tampa do porta-malas, que avança até o pilar C, o que possibilita melhor acesso ao compartimento de cargas. O porta-malas tem excelente capacidade (630 litros, até o teto), além de porta-trecos laterais e porta-objetos sob o piso. O estepe é de emergência e fica bem escondido. Também chama a atenção o pequeno vidro traseiro, que, somado ao teto baixo, dificulta bastante a visibilidade traseira, tornando o sensor de estacionamento indispensável. Mas o principal problema da 300C Touring é a pouca altura do solo, que, somada à grande distância entre-eixos (3,05 m), faz com que a perua raspe a frente, a traseira e o meio em qualquer rampa. O comprimento (de quase 5 m) também dificulta as manobras no trânsito urbano.
Vidro traseiro é pequeno e dificulta a visão do motorista, que precisa de sensor de estacionamento

Interior
Por dentro, a perua abandona a filosofia hot e privilegia mais o estilo retrô, no sentido mais clássico do termo: volante enorme (poderia ter diâmetro menor), de quatro raios, misturando madeira e cobertura em couro; bancos revestidos em couro cinza; detalhes em madeira (volante, puxadores de porta e no pomo da alavanca de marchas); abundância de cromados (base da alavanca de marchas, painéis e maçanetas das portas e nos aros do velocímetro e conta-giros); detalhes em plástico imitando metal (painel central e volante); e relógio analógico no alto do painel central. Os bancos dianteiros não prendem bem os corpos dos ocupantes.

Conforto
O espaço interno é bem generoso, oferecendo conforto para quatro adultos, pois quem senta no meio do banco traseiro sofre com o túnel central, que é bem alto (por onde passa o cardã), e o apoio de braço, que fica embutido. Para encontrar boa posição de dirigir, o motorista conta com regulagens elétricas do banco, coluna de direção e pedal de freio. Mas, devido à linha de cintura alta e à pouca área envidraçada, o condutor se sente meio perdido e sufocado. Aliás, o teto baixo e a posição recuada de dirigir dificultam enxergar o semáforo quando o motorista pára o carro muito próximo à faixa de retenção.

Desempenho
Como um bom americano, a 300C Touring tem motorzão. Mas o V8 da Chrysler merece destaque, pois tem câmara hemisférica (por isso, o nome Hemi), que otimiza a combustão; e um sistema, denominado MDS (Multi-displacement system), que pode cortar a alimentação de quatro (dos oito) cilindros quando o motorista não precisa de toda a força do motor. Os dois sistemas possibilitam respostas rápidas aos comandos do acelerador, suavidade e economia. O câmbio automático, com possibilidade de mudanças manuais, tem trocas suaves e as relações de marcha estão bem escalonadas. A suspensão também é bem americana e deixa o carro parecendo um navio, que aderna em lombadas e transfere bastante as imperfeições para o habitáculo. O nível de ruídos internos é elevado.

Fittipaldi vai testar o novo carro da A1GP, uma Ferrari !


O entusiasmo de Emerson Fittipaldi com a equipe brasileira na categoria A1GP é tão grande que tão logo fique pronto o carro que será usado na temporada 2008/2009, projetado e construído pela Ferrari, o campeão da Fórmula 1 e da Cart já avisou: 'Vou testá-lo.'

Emerson é o proprietário e diretor esportivo do time que representa o Brasil na competição, criada há três anos para ser uma espécie de copa do mundo dos esportes a motor. Ele afirmou que os planos de o País fazer parte do calendário da A1GP estão avançados.

A A1GP pertence, hoje, ao empresário português Tony Teixeira, que tem sua base de negócios na África do Sul. É o grupo de projetistas da equipe italiana, coordenado por Rory Byrne, que está concebendo o novo carro. O motor também será produzido pela Ferrari.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Harmon Splinter, o supercarro de compensado de madeira

Quando ficar pronto, modelo terá motor V8 4,6-litros de mais de 600 cv e menos de 1.200 kg.

(26-12-07) - A necessidade de carros mais leves, resistentes e econômicos tem levado toda a indústria a pesquisar novos materiais, até os mais inusitados. De todo modo, nenhum ambiente tem tanta liberdade de pesquisa quanto o universitário. É de lá, mais especificamente da North Carolina State Universit, nos EUA, que está saindo um dos projetos mais incomuns de todos os tempos: um supercarro feito inteiramente de compensado de madeira, o Harmon Splinter.A idéia partiu de Joe Harmon, formando de Desenho Industrial que, segundo seu site (www.joeharmondesign.com), sempre quis ser um projetista de automóveis. Como todos os carros de madeira que já foram criados tinham apenas partes de suas carrocerias com este material, como as woodies, a novidade seria ter um veículo inteiramente fabricado com ele. Além disso, um veículo com superdesempenho. É o que Harmon está tentando fazer.A diferença é que, como um superesportivo tem muitas exigências, o Splinter não poderia ser fabricado a partir de madeira maciça, muito pesada, mas sim com compensados. Com 4,43 m de comprimento, 2,67 m de entreeixos, 2,08 m de largura (só de bitolas ele tem 1,78 m na frente e 1,75 m na traseira), 1,07 m de altura e apenas 9 cm de vão livre, o supercarro tinha de ter um peso baixo. O que se estima é que ele terá, no máximo, 1.133 kg.A motivação, segundo o projetista, é simples. “Não estamos tentando vender nada, não queremos salvar o mundo e não estamos dizendo que todos devem ter um carro de madeira. Este é um projeto universitário em que estamos apenas explorando materiais, aprendendo, ensinando, compartilhando idéias e estimulando a criatividade”, diz ele em seu site. “Estamos construindo um supercarro de motor central e alta performance feito de compensados como trabalho de conclusão de curso. A madeira será usada sempre que possível, incluindo o chassi, carroceria e grande parte das peças da suspensão e das rodas”, completa ele.Para empurrar o Splinter para a frente será usado um motor Cadillac NorthStar V8 4,6-litro de 32 válvulas com dois compressores Roots. O objetivo é chegar a mais de 600 cv, o que faria do Splinter um desafiante à altura de Ferrari, Lamborghini, Porsche e companhia. A tração será traseira, com a mesma transmissão usada no Corvette, manual de seis velocidades. Como o transeixo do Corvette C5 deixa o motor muito no meio do carro (um dos objetivos do projeto), foi preciso achar mais espaço para os dois únicos ocupantes do carro.A solução foi colocar motorista e passageiro com as pernas no meio da suspensão dianteira, ou seja, entre o braço inferior e o superior da suspensão, algo que o criador do carro aponta como uma possível inovação. Segundo Harmon, isso favorece a posição de dirigir, bem à frente. O grande problema é certamente a questão da segurança, uma vez que as pernas dos ocupantes ficariam exatamente na zona de deformação no caso de um impacto frontal. "Pretendemos reforçar fortemente essa área, para proteger melhor os ocupantes no caso de um acidente, ainda que o Splinter seja apenas um carro de demonstração", disse Harmon com exclusividade ao WebMotors.Segundo ele, o fato de o carro ser de madeira não o torna mais sujeito a queimar do que outros materiais, como fibra de carbono ou de vidro.

"Se alguém bater o carro e romper o tanque, não vai fazer diferença estar em um carro de madeira, de fibra de vidro ou de carbono. A resina usada nos três é muito parecida e vai queimar se for exposta a muito calor. O que sentimos é que um carro bem construído com madeira pode ser tão bom ou melhor que um de fibra de carbono", afirmou o projetista.Outras inovações do Splinter são os braços e bandejas de suspensão, de madeira, assim como as molas de suspensão (feixes) e a barra estabilizadora, o que pode ser surpreendente, mas há peças com mais capacidade de assombrar, como as rodas. Com carcaça fundida em alumínio, elas têm o miolo e os raios feitos deste material. “Mais do que a quebra dos raios, nossa preocupação era não torcer o centro da roda. Nossos cálculos nos dão uma margem de segurança, mas haverá dedos cruzados quando alguém resolver dar uma ‘borrachada’ no asfalto”, diz Harmon.A última inovação é a posição do escapamento do motor, que vai para cima, em vez de para baixo, como nos motores convencionais. Com isso, a equipe conseguiu tirar do chassi do carro (que é de madeira) boa parte do calor gerado pelo motor. E transformar um simples silenciador em um aerofólio traseiro, o primeiro com outra função além de deixar o carro mais assentado no chão. “Só não vale se apoiar no aerofólio depois de fazer algumas voltas ‘quentes’ com o carro. Seu braço pode grudar nele, o que não é nem um pouco legal”, diz Harmon.E que ninguém duvide de que o carro poderá acelerar com vontade quando estiver pronto. Os pneus serão Michelin Pilot Sport 2, em medida 265/35ZR19 na dianteira e 335/30ZR20 na traseira.Para quem quiser acompanhar a montagem do carro, além do site de Harmon existe também um blog que traz as últimas atualizações sofridas pelo Splinter (joeharmon.blogspot.com). Isso até a conclusão do superesportivo. "Ele deverá ser exposto em uma feira de trabalhos com madeira em Atlanta, em agosto de 2008, mas ainda não será funcional. Esperamos poder dirigi-lo em dezembro de 2008", disse Harmon ao WebMotors. Assim que isso for possível, o Splinter será o primeiro carro em que “pisar na tábua” não será mera figura de linguagem.

quarta-feira, dezembro 26, 2007