sábado, dezembro 30, 2006

A "botinha" que o brasileiro aprendeu a amar!


O Uno é um daqueles casos em que não existe meio termo ou você o ama ou odeia a “botinha”, no meu caso, para os que me conhecem sabe do sentimento de carinho que tenho por esse carro, mas prometo aos meus leitores que serei imparcial.

O Uno foi um carro que nasceu moderno, foi um sucesso de vendas durante um longo tempo, envelheceu e quando todos pensavam que ia acabar em virtude do surgimento do Palio, continuou e ainda se mantêm firme e forte no mercado. E olha que o Palio já mudou e o Uno praticamente continua o mesmo.
Lançado em agosto de 1984, como modelo 85, o Uno foi uma virada da Fiat na época, depois das dores de cabeça causada pelo 147 que havia causado estragos consideráveis, graças à péssima qualidade do produto. Tanto que até hoje a empresa amarga, injustamente, algumas seqüelas daquele período, como a fama de mecânica cara e difícil, além de problemas no câmbio. A realidade da empresa mudou.
O Uno, bem mais moderno e espaçoso, caiu no gosto do público de cara, embora também tenha enfrentado alguns percalços iniciais com o câmbio, suspensão e acabamento, em virtude da não adaptação com os “belos” terrenos brasileiros.
Inicialmente existiam as versões S, CS e SX, esta equipada com motor mais potente de 1,3 litro e dupla carburação, além de contar com mais equipamentos de série e painel mais completo, quem não recorda do famoso painel tipo satélite? Em março de 1985 chega o Prêmio, com carroceria de três volumes e duas portas. Em abril de 1986 é a vez da station Elba, outra de minhas paixões, com duas portas e um imenso porta-malas.
Em 1988 surge o esportivo R, com motor 1.5 e muitos apelos esportivo, como ponteira diferenciada, cintos de segurança vermelhos, porta malas em um tom de cinza fosco, faixas chamativas nas laterais, aros estilósos e avançados para a época. Em 90, é a vez do Mille, apelido que a FIAT tentou emplacar no Uno, sem sucesso, dificilmente você verá um dono de Mille que não o chame de Uno. Neste ano o “Uno Mille” marcou o nascimento dos carros populares no Brasil que ajudou a manter as vendas do carrinho firmes até hoje. Em 1989 surgem os Premio e Elba, de quatro portas, essa carro particular do então Presidente Collor, ressalte-se que tais modelos já eram produzidos para exportação. Em 1991 o Uno Mille passa a contar também com a versão Brio e a linha Uno com motorização mais potente recebe a nova frente, com grade redesenhada e faróis mais estreitos. Em 1992 o carro passa a ter catalisador, o que deu aquele som típico de uno, tendo em vista que a legislação de emissões de poluentes fica cada vez mais rígida e chegava ao Brasil a versão do Uno quatro portas feita na Argentina.

Em dezembro de 1992 vem o Mille Electronic, sem distribuidor que foi substituído por duas bobinas que faziam o papel do distribuidor, e muito bem, rendendo aplausos pelo avanço. Em março de 94 é lançado o Uno ELX, mais equipado, para combater o Corsa. Em 1994 todos os motores da Fiat, Uno inclusive, passam a contar com injeção de combustível. O Uno Turbo, com motor de 1,4 litro e 118 cv, chega também em 94, foi um estouro entre os carros esportivos da época, fazendo frente a modelos como Vectra GSI, Corsa GSI e até ao lendário Gol GTI, que em termos de potência e esportividade comiam poeira da “botinha turbinada”. Em junho de 1995 é a vez do modelo mais luxuoso dentre os Unos o Uno Mille EP, sigla que significa “Extra Power” alusão ao acréscimo de 2cv ao motor 1.0, com injeção de combustível, trio elétrico, ar-condicionado inteligente melhor acabamento interno e externo esse carro foi a cartada da FIAT para desbancar o Corsa GL quatro portas. Em 1996, com o lançamento da linha Palio, todas as versões do Uno, exceto a equipada com motor 1.0, saem de linha. Em novembro de 1997 é lançado o Uno EX, o carro mais barato do Brasil na época. Em julho de 1998 é a vez do Uno 1.0 a álcool, que não deu certo, e em abril de 2000 chega a versão do Uno denominada Smart, com a grade remodelada e detalhes internos revistos e depois de 21 anos de vida é lançado o Novo Uno, com o visual pouco alterado, e agora equipado com o motor 1.0 da família fire, motor este dos mais modernos contando inclusive com a tecnologia flex.
E é essa a história em curso desse pequeno notável, tendo em vista que ainda esta sendo fabricado, carro pelo qual nutro um carinho especial, para os que não gostam do ítalo-brasileiro, devem no mínimo respeitá-lo, como a própria propaganda do carrinho, protagonizada pela grande atriz Fernanda Montenegro dizia, “Respeito é bom e eu gosto”!

Um comentário:

Anônimo disse...

gostei mto da reportagem. tambei ja vi mto disso de debocharem do uno, dizendo q é uma porcaria, mas quem tem 1 so troca por um uno mais novo!!!
o uno é um carro mto valente, mesmo com seu pequeno motor 1.0 anda mto bem(sou prova disso)

vlw