terça-feira, outubro 03, 2006



Coluna da F-1: Na torcida por Antonio
03/10/2006

Deve ser a décima vez que falo de Antonio Pizzonia neste espaço. Há assuntos mais interessantes borbulhando por aí. E eu resolvo insistir no menino que muita gente já esqueceu. Acabo de escrever sobre os testes da GP2, em Paul Ricard. Na pista, estavam quatro brasileiros que começam a surgir nas conversas dos chefes de equipe, cada um com seu devido espaço, é claro. E no meio daquela turma cheia de esperança apareceu um sujeito que destoa dos companheiros. Fosse no colégio, seria comparado ao repetente, ao mal aluno que acabou por não avançar. Não deixo de admirar a atitude de Antonio Pizzonia. Ele não desistiu. É o único que ainda acredita. Vai tentar outra vez.Algo deu errado no caminho de Antonio Pizzonia. Um castelo de areia, como diria Fernando Vanucci, que começou a desabar na Fórmula 3000, a primeira vez que ele percebeu que não era imbatível. Foi acometido de um destempero que assustou até os mais próximos, de uma arrogância que espantou os amigos, de um desinteresse que afugentou os fãs. Deixou gente do mal entrar em seu convívio. Deixou gente do mal trilhar seu caminho. E tornou-se um cara difícil de lidar. A vida não perdoa essas coisas. E o tratou tão mal quanto vinha sendo tratada por ele. Foram inúmeras oportunidades jogadas no lixo dentro da Fórmula 1. Até o dia que ninguém agüentava mais Antonio Pizzonia.É quase impossível reconstruir o que ele deixou desmoronar nos últimos cinco anos. Só que ele tem mais talento do que anda demonstrando. Se ganhar a confiança que perdeu há bastante tempo, pode até chegar à Fórmula 1 novamente. Eu acredito. Principalmente depois desta demonstração de perseverança. Deu um bico na Fórmula Mundial, não gostou da Stock Car. Ele não será feliz sem seu lugar na Fórmula 1. Gosto de gente que não se acomoda. E aí ele ganha alguns pontos. Resta saber se sua vida está tão reformada quanto seu espírito. Se ele trocou os elementos de seu convívio, se abriu espaço para tentar o milagre da recuperação.Acredito em quem tem talento. Costumo dizer que a vida escolhe as pessoas. Antonio Pizzonia é um escolhido. Só não fez por onde receber tal dádiva. A atual temporada o castigou mais do que o necessário. As lições que aprendeu nos cinco anos em que só fez bobagens devem ter feito dele uma pessoa melhor, mais preparada para a vida que existe aí fora. Tudo o que eu espero é que não seja tarde demais, que ele ainda consiga pegar o último trem. Porque diante das poucas perspectivas do automobilismo brasileiro no exterior, seria ótimo ver Antonio Pizzonia prosperar.


Essa materia eu tirei de um site especializado em automobilismo e achei muiiito interessante o que esse jovem jornalista colocou sobre a carreira do Pizzonia.


(Tiago Mendonça)

Um comentário:

Juan Medeiros disse...

Chega de inssistir nesse assunto, chega da arrogancia de alguem q naum conseguiu seu objetivo...pilotos mediocres vem e vaum com rapidez...e isso aconteceu com ele!!!