segunda-feira, abril 21, 2008

O DODGE QUE POUCOS CONHECEM... DART BRASILEIRO!

Baseado no modelo americano do ano anterior, o Dodge Dart brasileiro foi lançado em outubro de 1969, em substituição aos Esplanada, Regente e GTX. A Chrysler apresentou o Dodge Dart na versão quatro portas, equipado com motor V-8 de 5.212cm3 e 198 CV, criando uma nova faixa de mercado localizada entre o Galaxie, o Itamaraty e o Opala 3800.


Dodge Dart 1970

Apesar de seu acabamento relativamente pobre, o carro entusiasmou o público, principalmente pelo seu extraordinário desempenho e força. Era fácil gostar do Dart à primeira vista, por suas linhas retas com cantos vivos, grade larga e bem desenhada e pela traseira com vidro côncavo, que parecia encravado na carroceria.

Os passageiros sentavam-se confortavelmente e a bagagem de cinco ou seis pessoas cabia sem maior dificuldade no amplo porta-malas. Dois detalhes decepcionaram um pouco o público: o espaço interno não era realmente tão grande como o aspecto do carro permitia supor e o conforto dos passageiros era um pouco prejudicado pela suspensão dura. Mas esta representava na verdade uma vantagem, em termos de estabilidade: o Dart comportava-se muito bem nas curvas, em relação a seu tamanho.

Quanto à mecânica, o Dart impressionava por ter o motor mais possante entre todos os carros nacionais fabricados até então: alcançava com facilidade velocidades acima de 170km/h, acelerando de 0 a 100km/h em apenas 12 segundos. Outro fator positivo evidenciou-se com o tempo: além de forte, o motor revelou-se um dos mais duráveis entre os que equipavam os carros nacionais de série. O grande torque (41,4kgm a 2400rpm) permitia ultrapassagens seguras; nas subidas, o Dart continuava como se estivesse numa estrada plana. Um de seus maiores inconvenientes era o consumo de gasolina: 4 a 5 km/litro. Também a autonomia foi criticada, pois o tanque comportava apenas 62 litros.

Como novidade, a suspensão apresentava barras de torção longitudinais na dianteira, em vez das tradicionais molas helicoidais e a direção, embora não fosse hidráulica, agradava bastante. Os proprietários reclamavam, no entanto, dos freios a tambor nas quatro rodas, que não correspondiam à expectativa, principalmente levando-se em conta as altas velocidades que o carro podia alcançar.


Dodge Dart Cupê, 1971. Com o lançamento desse modelo, o Dart de quatro portas deixou de ser o carro de série mais veloz do Brasil; com o mesmo motor, o cupê alcançava 180km/h.

Nenhum comentário: