sábado, abril 12, 2008

100 anos da primeira travessia Rio-São Paulo por um carro. Relembrada por lendas e classicos!

Ronaldo Pelli
Neste sábado (12), o Museu de Arte Moderna (MAM-RJ), no Aterro do Flamengo do Rio, foi a porta de entrada de uma espécie de túnel do tempo. Vinte carros clássicos, entre Oldsmobile, Cadillacs, Pontiacs, Mercedes-Benz e o Simca Chambord do Vigilante Rodoviário Carlos Miranda, partiram um pouco antes das 9h em direção a São Paulo para comemorar o centenário da primeira viagem automobilística entre as duas cidades.
Em 1908, o Conde de Lesdain decidiu usar um Brasier 16 HP para fazer a travessia numa época em que nem mesmo uma ligação por estradas entre as duas futuras metrópoles existia. A viagem do francês durou 33 dias.
Segundo o presidente do Automóvel Clube do Brasil (ACB), Ariel Gusmão, que organiza o evento comemorativo, a intenção é que a versão 2008 seja mais rápida. Em apenas um dia, eles querem chegar à capital paulista para, no domingo, partir para Santos. É que eles vão comemorar também a primeira travessia São Paulo-Santos, que completa cem anos neste 2008.
Alerta para golpe
Com a falência do Automóvel Clube do Brasil original, fundado em 1907 no Rio de Janeiro, Gusmão registrou a marca e levou o clube para São Paulo. Ele aproveitou o evento para fazer um alerta contra um golpe que está sendo praticado no Brasil inteiro.
Estelionatários ligam para a casa de vítimas oferecendo títulos do automóvel clube original, alegando que ele seria valioso. As vítimas pagam adiantado para o golpista que some com o dinheiro. Gusmão explicou que recebe cerca de 20 perguntas sobre o caso por dia.
Resgatando a memória
Ronaldo Pelli
Segundo o presidente do ACB, eles pretendem criar uma complexo automobilístico com um museu, um cartódromo e até um autódromo no estado de São Paulo - o local ainda não está definido.
Além dos carros clássicos, outro personagem histórico também fez uma participação especial na carreata. Um senhor de 75 anos se destacava entre os demais motoristas. Trajando o uniforme que o consagrou, Carlos Miranda era o próprio Vigilante Rodoviário, personagem do seriado da TV que protagonizou, famoso na década de 1960.
Assim que estacionou seu Simca Chambord também da década de 1960, exatamente igual ao carro que usava, seu Carlos, como todos o chamam, foi logo rodeado pelos fãs motoristas. Ele explicou que, agora, aposentado, pode participar mais de carreatas como essa.
"A minha intenção é resgatar a memória da TV, já que ninguém faz nada por isso", contou seu Carlos, dizendo que só tem um problema: a mulher. Ela acha que ele vive mais para o vigilante que para a casa. Opinião que todos a sua volta logo concordaram e compartilharam.

Fonte: G1

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