sábado, novembro 18, 2006

Se aquele Fusca Voltasse...

Todos nós que gostamos de carro tivemos na infância um carro do pai que marcou as nossas vidas, lembro no alto de meus seis ou sete anos não sei bem asseverar, mas, em fim, lembro-me do carro e é isso que importa.
O carro da matéria de hoje desaperta amor em alguns, ódio em outros, mas ninguém fica indiferente ao velho, e em minha opinião, bom Fusca.
Não sei bem ao certo, mas, acho que todo o brasileiro já deve ter tido um Fusca ou se não teve conhece alguém que tem ou tinha, em casa ou na família, aquele carrinho arredondado, que os alemães teimam em chamar de sedan. As estórias familiares que são vividas abordo desse carro, são as mais diversas, desde paradas inesperadas, o popular “prego”, passando por romances, acidentes cômicos, como cair o assoalho andando são exemplos dessas estórias.
Minha estória com o Fusca é diferente passei a gostar do besouro quando meu pai comprou um e resolveu “apimentar” o bichinho, tratava-se de um Fuscão 1600 bi-carburado e afinado, com descarga Capeta de saída dupla levemente erguidas de mais ou menos 2.5 polegadas, responsável por um som que eu adorava para mim aquele som era pura potência, sem falar nas arrancadas que meu pai dava nele...eu adorava sentir aquele barulho, nem sabia direito o que era CV, TORQUE ou TAXA DE COMPRESSÃO, o que eu sabia era que o som do escapamento era bom e os carburadores eram afinados, e sabia dessa tal afinação porque meu pai falava disso com orgulho toda vez que alguém perguntava o que tinha no carro, a e claro o carro tinha um clássico sistema de som Stério Roadstar e finalizando as famosas rodas gaúcha, cinco furos, de magnésio, clássica nos fuscas da época.
Para alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu Significado é "CarrodoPovo".
Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan", e partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente por aqui de "FUSCA", alusão ao nome em alemão.
O segredo do sucesso desse carro foi a durabilidade, fácil manutenção e baixo custo das peças, em países subdesenvolvidos como o Brasil tais atributos eram quase que um convite a compra, no México somente agora recentemente foi parada a produção dos Fuscas mexicanos.
Os motores utilizados eram refrigerados a ar, portanto não havia radiador, podiam ser encontrados nas versões, 1200 os mais antigos, e segundo os saudosistas o mais econômico e durável, 1300 esse o mais popular, 1500 nas versões um e dois carburadores e o 1600 também nas versões um e dois carburadores, havia ainda um motor VW 1700 usado no SP2, que basicamente era o mesmo motor do fusca com algumas alterações, os playboys mais endinheirados trocavam os motores originais do besouro por esse mítico 1700.
Muito tem a se falar desse mito do mundo do automóvel, as bananinhas, as calotas tipo tigela, o farol com a “remelhinha”, o farol esbugalhado ou como se chamava na época tremendão, as lanternas tipo ferro de engomar e Fafá, alusão aos seios da cantora, a bateria embaixo do banco traseiro o “putamerda de orelhinha, mantido no New Beatle entre diversas peculiaridades e assessórios que vocês lendo essa matéria vão, com certeza lembrar.
E por fim lembramos do último fusca brasileiro o Fusca do Itamar, presidente que pediu a VW que o carrinho voltasse a ser fabricado, sem mudanças na carroceria nem no motor o fusca ganhou pára-choques na cor do veículo, canalizador com uma única saída de escape no pára-lamas esquerdo, estofamentos novos, volante novo e muitos outros detalhesde acabamento, inclusive detalhes opcionais.
Quando todos não acreditavam no sucesso do relançamento do Fusca, as vendas foram mais que animadoras. Chegou a produzir mais de 40 mil novos Fuscas. Até sua oficial parada de fabricação anunciada em Julho/1996 o fusca deixou mais fãs por seu rastro.

Fig. 1 - um Fusca 86 nada em especial a escolha, 2-Toca-Fitas Roadstar e 3-rodas gaucha.
Detalhes históricos: auxilio do meu pai.

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