Na TV, a publicidade mostrava-o correndo entre um Ford Mustang e um Mercury Cougar. O Ford Corcel como o Mustang, batizado com o nome de um cavalo, avançava entre os dois carrões vigorosamente. Fazia malabarismos dignos de carro esporte. A música da trilha sonora da propaganda era um entusiasmado rock, dos anos 70.
Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, depois largamente utilizada em modelos de outras marcas, dispensando a ventilação forçada, que quase não era usada. Com o mesmo motor do Corcel I, o desempenho não estava muito melhor, mas a segurança, estabilidade e nível de ruído, sim melhoraram.
As versões oferecidas pela montadora eram Corcel II L, básica; a luxuosa LDO, com interior totalmente acarpetado e painel com aplicações em madeira; e a GT, que se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto e pequeno conta-giros no painel, nenhuma trazia, porém, o termômetro d'água. O motor do "esportivo" tinha 4 cv a mais, que teoricamente não faziam muita diferença. Contava ainda com faróis auxiliares e pneus radiais. As rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado, mas, a grande falha era na suspensão demasiadamente flexível para um esportivo tornando o carro instável em curvas mais fechadas.
Detalhe curioso do GT era a carroceria em dois tons, separados por um filete vermelho. A parte de cima era sempre preta, contrastando com a parte de baixo. Mas a idéia não agradou, e em 1980 a parte preta se restringia à linha inferior da carroceria, abaixo do friso da porta. O filete vermelho continuava.
Em 1979 vinha o esperado motor de 1,6 litro, desenvolvido pela Renault, de melhor desempenho, e o câmbio de cinco marchas, que só o Alfa Romeo possuía. A quinta era um acréscimo às outras quatro e sua relação ficava próxima da quarta. Pela primeira vez era usada a denominação "1.6", com o ponto em vez da vírgula, o que é incorreto no sistema métrico. Atribui-se ao Corcel a introdução desse sistema inglês no Brasil, que resultaria no incoerente "1.0" (zero após a vírgula é desprezível) tão lido e ouvido atualmente.
Em 1980, acompanhando a evolução do álcool no Brasil, chegava a versão com motor movido pelo combustível vegetal, que tinha o então campeão de Formula Ford, Airton Senna como garoto propaganda. Falava-se que era o melhor a álcool produzido no País, pegava rápido, não demorava a esquentar, tinha pouca vibração e se mantinha regulado por muito tempo, tudo isso graças a um tanquinho de gasolina que pioneiramente foi colocado pela montadora que auxiliava as partidas com o derrame de gasolina no carburador no momento da partida, hoje disponível em todos os modernos carros flex. Um pequeno logotipo nos pára-lamas dianteiros, com a inscrição Álcool e quatro gotas azuis em degradê, indicava o combustível utilizado. Seu desempenho geral era tão bom quanto o do modelo a gasolina com acelerações mais rápidas, típicas desse tipo de combustível. Ter sido o último modelo a apresentar esta versão contribuiu para o bom resultado e subseqüente boa fama.
No final de 1986 esboçava-se a Autolatina, associação entre a Ford e a Volkswagen, que começou a operar em julho de 1987 e agrupava as atividades industriais e financeiras das duas fábricas no Brasil e na Argentina. Em minha opinião, o acordo beneficiou muito mais o grupo alemão do que a Ford.
A concorrência estava mais acirrada. O Passat envelhecia, o Polara não era mais produzido há anos, mas o Chevrolet Monza era mais moderno e potente, conquistando a liderança de vendas por três anos (de 1984 a 1986) e surpreendendo a todos. Em 21 de julho de 1986 o último Corcel deixava as linhas de produção de São Bernardo do Campo, SP. Marcou pelo conforto, acabamento e mecânica de qualidade confirmada. Foram 1,4 milhão de modelos produzidos um dos maiores sucessos da nossa indústria automobilística.
Sua herança ficaria para os outros modelos. Na linha 1987 o Del Rey ganhava uma versão despojada (L) e a Belina passava a ser dele derivada, substituindo a Scala. Apesar da perda do Corcel, seu conceito continuava vivo em modelos similares.
Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, depois largamente utilizada em modelos de outras marcas, dispensando a ventilação forçada, que quase não era usada. Com o mesmo motor do Corcel I, o desempenho não estava muito melhor, mas a segurança, estabilidade e nível de ruído, sim melhoraram.
As versões oferecidas pela montadora eram Corcel II L, básica; a luxuosa LDO, com interior totalmente acarpetado e painel com aplicações em madeira; e a GT, que se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto e pequeno conta-giros no painel, nenhuma trazia, porém, o termômetro d'água. O motor do "esportivo" tinha 4 cv a mais, que teoricamente não faziam muita diferença. Contava ainda com faróis auxiliares e pneus radiais. As rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado, mas, a grande falha era na suspensão demasiadamente flexível para um esportivo tornando o carro instável em curvas mais fechadas.
Detalhe curioso do GT era a carroceria em dois tons, separados por um filete vermelho. A parte de cima era sempre preta, contrastando com a parte de baixo. Mas a idéia não agradou, e em 1980 a parte preta se restringia à linha inferior da carroceria, abaixo do friso da porta. O filete vermelho continuava.
Em 1979 vinha o esperado motor de 1,6 litro, desenvolvido pela Renault, de melhor desempenho, e o câmbio de cinco marchas, que só o Alfa Romeo possuía. A quinta era um acréscimo às outras quatro e sua relação ficava próxima da quarta. Pela primeira vez era usada a denominação "1.6", com o ponto em vez da vírgula, o que é incorreto no sistema métrico. Atribui-se ao Corcel a introdução desse sistema inglês no Brasil, que resultaria no incoerente "1.0" (zero após a vírgula é desprezível) tão lido e ouvido atualmente.
Em 1980, acompanhando a evolução do álcool no Brasil, chegava a versão com motor movido pelo combustível vegetal, que tinha o então campeão de Formula Ford, Airton Senna como garoto propaganda. Falava-se que era o melhor a álcool produzido no País, pegava rápido, não demorava a esquentar, tinha pouca vibração e se mantinha regulado por muito tempo, tudo isso graças a um tanquinho de gasolina que pioneiramente foi colocado pela montadora que auxiliava as partidas com o derrame de gasolina no carburador no momento da partida, hoje disponível em todos os modernos carros flex. Um pequeno logotipo nos pára-lamas dianteiros, com a inscrição Álcool e quatro gotas azuis em degradê, indicava o combustível utilizado. Seu desempenho geral era tão bom quanto o do modelo a gasolina com acelerações mais rápidas, típicas desse tipo de combustível. Ter sido o último modelo a apresentar esta versão contribuiu para o bom resultado e subseqüente boa fama.
No final de 1986 esboçava-se a Autolatina, associação entre a Ford e a Volkswagen, que começou a operar em julho de 1987 e agrupava as atividades industriais e financeiras das duas fábricas no Brasil e na Argentina. Em minha opinião, o acordo beneficiou muito mais o grupo alemão do que a Ford.
A concorrência estava mais acirrada. O Passat envelhecia, o Polara não era mais produzido há anos, mas o Chevrolet Monza era mais moderno e potente, conquistando a liderança de vendas por três anos (de 1984 a 1986) e surpreendendo a todos. Em 21 de julho de 1986 o último Corcel deixava as linhas de produção de São Bernardo do Campo, SP. Marcou pelo conforto, acabamento e mecânica de qualidade confirmada. Foram 1,4 milhão de modelos produzidos um dos maiores sucessos da nossa indústria automobilística.
Sua herança ficaria para os outros modelos. Na linha 1987 o Del Rey ganhava uma versão despojada (L) e a Belina passava a ser dele derivada, substituindo a Scala. Apesar da perda do Corcel, seu conceito continuava vivo em modelos similares.
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