sexta-feira, dezembro 22, 2006

Um sonho chamado, Lótus Esprit.

Um sonho chamado, Lótus, sinônimo de carros esporte de uma equipe de Fórmula 1 desafiadora, idealizada e criada pelo genial e polêmico Collin Chapman, o homem que revolucionou a F1 por pelo menos duas vezes e teria feito outras revoluções se lhe fosse permitido. Entre outras, criou o carro-asa, que conquistou o Campeonato Mundial de 1978 com Mario Andretti.

A equipe que teve entre outros pilotos, nomes como Jim Clark, Graham Hill, Emerson Fittipaldi, Jochen Rindt, Ayrton Senna, Ronnie Peterson e Nelson Piquet.Sua trajetória, como equipe, teve como ponto alto, os anos 60 e 70. Hoje se dedica à produção de carros esportivos, e na coluna deste sábado vou escrever sobre meu Lótus favorito a inatingível.


Lotus Esprit (espírito em francês), foi logo encaminhado a Hethel, sede da Lotus, na Inglaterra, para que Chapman e sua equipe dessem início ao desenvolvimento da versão de produção o famoso desenhista italiano, Giugiaro, famoso pelas machinas italianas, participou ativamente da construção desse mito sobre rodas. O carro era a mais séria iniciativa da Lotus rumo ao rentável e disputado segmento dos super carros.

O Esprit ganhou projeção em 1977, um ano após lançado, por participar do filme The Spy Who Loved Me (O Espião que me Amava) do agente secreto de Sua Majestade, James Bond. Em uma cena inesquecível, 007 emerge do mar a bordo de um estranho Esprit submarino (acima, fotos de uma miniatura).

Basicamente o carro era um cupê de dois lugares, motor entre eixos e tração traseira, claro, detalhe que logo chamou a atenção dos entusiastas e compradores de super carros. A razão, como se espera sempre de um Lótus era a feliz combinação entre o bom rendimento do motor e o baixo peso. Embora fosse o mais “pesado” modelo da marca, com cerca de 1.100 kg, ainda leve para os padrões dos super carros, na época a curiosidade era sua carroceria de plástico e a novíssima suspensão independente.

Aos apaixonados por carros mais potentes correm as piadinhas de que em uma reta o Esprit "comeria poeira" deles nos retões, já que acelerava de 0 a 100 km/h em 8,6 s e chegava a 200 km/h, não se comparando ao Lamborghini Countach, seu rival da época. Pode até ser uma verdade, mas, como diria um amigo meu, na reta até minha avó corre, quero ver em trechos sinuosos, ai o Lótus mostra a diferença de homens e meninos. Bastante baixo, mais que os principais esportivos da época, o Esprit tinha na agilidade e no comportamento dinâmico seu trunfo para concorrer com carros bem mais potentes, como já ocorrera outras vezes, e ainda hoje ocorre.

Então ele poderia até "comer poeira" deles nos retões, mas, se recuperava heroicamente nas curvas, onde o touro Countach, se transformava em um bezerrinho, já que o carro saia muito de traseira, deixando seus orgulhosos donos na mão. Porém, para muitos o desempenho era insuficiente, e a Lotus teve de apelar ao aumento da cilindrada, mas, a potência esperada vinha apenas na versão Turbo Esprit, que aplicava a tecnologia do turbocompressor, velha conhecida de Chapman nas pistas, para extrair 210 cv de potência, 26,8 m.kgf de torque e acelerar de 0 a 96 em 5,5 s, de acordo com a marca.

O Esprit sai de linha em 2000, está envelhecido e, ao contrário do que seus fãs gostariam, a marca desacelerou sua evolução. Para esses entusiastas, porém, ele será sempre um legítimo representante das melhores tradições da Lotus, da técnica apurada ao comportamento dinâmico preciso.




Desejo a todos os frequentadores do Papadas um Feliz Natal!

2 comentários:

3W Representações disse...

PARABENS, VELHO!

A COLUNA TA FANTASTICA.

Anônimo disse...

Adoro esse carro, desde criança. Muito boa a matéria.